4 de nov. de 2010

QUAL A JUSTIÇA QUE PROCURAMOS?

"Bem-aventurados os que guardam a retidão e o que pratica a justiça em todo tempo." Sal. 106:3. Se você achar que a justiça é simplesmente retidão e bom comportamento, o texto de hoje o levará a um beco sem saída. Segundo o salmista, uma maneira de ser feliz é ter uma conduta coerente e acima de qualquer suspeita. Mas justiça, no conceito hebraico, não é apenas um padrão de comportamento. O profeta Jeremias disse: "Naqueles dias e naquele tempo, farei brotar a Davi um Renovo de justiça; Ele executará juízo e justiça na Terra." Jer. 33:15. O Renovo de justiça que o profeta menciona não é apenas possuidor de justiça. É a própria justiça. Não existe justiça sem Jesus. Ele é a justiça. Portanto, ao referir-se no verso de hoje àquele "que pratica a justiça", o salmista está pensando naquele que vive em Jesus. Praticar é aplicar a teoria repetidamente. A vida cristã não é só teoria. Não basta saber que Jesus morreu e que a única maneira de "guardar a retidão" é ir a Ele. Esse conceito é maravilhoso, mas é preciso sair da teoria e ingressar no terreno da prática. É preciso andar diariamente com Jesus, a justiça personificada. Davi ensina no salmo de hoje que o segredo da felicidade é "praticar a justiça". Como pode a prática de normas, na maioria das vezes difíceis de serem cumpridas, proporcionar felicidade? Não, evidentemente aqui não se fala simplesmente de um código moral, destituído de vida. Aqui se fala do Senhor Jesus Cristo. Ele morreu na cruz do Calvário não só para dar-nos vida, mas também para dar vida aos mandamentos que o farisaísmo humano havia tornado letra morta. "Praticar justiça" no sentido de andar diariamente com Jesus é uma experiência enriquecedora. Dá sentido a vida. Proporciona sabor aos momentos mais insossos da experiência humana. Olhe para os princípios divinos não como letra sem vida e proibições massacrantes. Olhe-os como reflexo do caráter de Jesus e aplique-os à sua vida. Esse é o segredo da felicidade que você tanto procura. Essa pode ser a realidade mais extraordinária de sua existência.

2 de nov. de 2010

GUARDAR O CORAÇÃO

A diligência no guardar o coração é essencial para um saudável crescimento na graça. Em seu estado natural, o coração é morada de pensamentos e paixões pecaminosos. Quando posto em sujeição a Cristo, precisa ser purificado pelo Espírito de toda contaminação. Isso não pode ser feito sem o consentimento do indivíduo. Uma vez purificado o coração, é dever do cristão conservá-lo incontaminado. Muitos pensam que a religião de Cristo não requer o abandono dos pecados diários, o rompimento com os hábitos que têm mantido a alma em servidão. Renunciam a algumas coisas condenadas pela consciência, mas deixam de representar a Cristo no viver diário. Não introduzem no lar a semelhança com Cristo. Não manifestam atento cuidado na escolha das palavras. Com demasiada freqüência, proferem-se palavras irritadas, impacientes, palavras que suscitam no coração humano as piores paixões. Tais pessoas necessitam da permanente presença de Cristo na vida. Unicamente em Sua força podem eles vigiar palavras e ações. Na obra de guardar o coração, precisamos insistir na oração, ser incansáveis em pedir ao trono da graça Sua assistência. Os que proferem o nome de Cristo devem chegar a Deus com fervor e humildade, pleiteando auxílio. O Salvador nos disse que orássemos sem cessar. O cristão não pode estar sempre de joelhos em oração, mas seus pensamentos e desejos podem ser de contínuo elevados ao Céu. A confiança em nós mesmos se desvaneceria, falássemos nós menos e orássemos mais.