2 de fev. de 2011

A GLÓRIA DO HOMEM OU A GLÓRIA DE DEUS?

As glórias terrestres são atraentes. Muitas delas são magníficas. Elas seduzem pela possibilidade de usufruí-las imediatamente. Mas há algumas observações. São glórias que, para usufruí-las, devemos esquecer o se passa do lado de fora, a miséria, as desgraças, a fome, violência, e tudo o mais. É preciso não ter sensibilidade com os seres humanos, nossos semelhantes, que não podem ter essas glórias. É preciso ser insensível ao princípio de que todos somos seres humanos, e que não deve haver uns que tem tudo e outros que tem nada. E para se ter muita glória terrestre é preciso que outros sejam explorados. Além disso, a glória na Terra é para distinguir uns dos outros, os que podem dos que não podem, os que tem dos que não tem, os nobres dos humildes, os capazes dos não tão capazes. É uma glória que corrompe os princípios da convivência entre seres humanos. São os princípios mais elementares da boa convivência, pelos quais somos todos irmãos. O princípio básico é o amor. Como é que se pode dizer que amamos nosso próximo quando ingressamos na distinção de classes sociais que criam privilégios que são para poucos? O presente século é o que vende o deus do dinheiro, da fama ou prestígio e do poder. Com poucas exceções, as pessoas procuram a glória terrestre, os favores imediatos, mas passageiros e injustos. Quando não são todas as pessoas que podem usufruir algum bem, algo não está correto com a sociedade. Moisés foi uma pessoa maravilhosa. Educado para a vida por sua mãe, um exemplo de mãe para todos os tempos, em poucos anos formou nele os princípios da vida eterna. Depois Moisés passou 28 anos num palácio maravilhoso. Algo para poucos. Ali ele poderia ter-se corrompido para as glórias terrestres, como acontece com muitos, com a maioria dos seres humanos. Mas Moisés preferiu algo ainda superior. Trocar o bom pelo melhor deve ser algo natural em nós seres humanos, desde que isso não aconteça às custas de outros seres humanos e nem seja para o aviltamento do caráter. Moisés, como Abraão, e outros, que tiveram quedas por suas fraquezas, almejaram durante as suas vidas, a glória de uma "pátria superior" a "cidade que tem fundamentos" (Hebreus 11:14 e 10). Esse homem educado por uma mãe que sabia como fazê-lo, abandonou um palácio que já era para ele, e foi ser pastor de ovelhas. Mas depois desse ofício humilde, ele foi ser o líder da saída do povo de DEUS do Egito para Canaã. Chegando o tempo da posse da terra prometida, Moisés, por ser líder, e por ter cometido uma falha, pôde só avistar a terra. Ele não pôde nela entrar, nem usufruir. DEUS lhe disse que chegou a hora de descansar. Líderes influenciam o povo, líderes quando dão mau exemplo causam grande prejuízo junto ao povo. O povo, ou uma igreja é o que são seus líderes, poucos são os que não se deixam influenciar por outros homens ou mulheres. Moisés subiu a montanha, como uma águia voa para o alto, para ali, no alto, morrer. Ele não sabia porque a sua morte seria no alto. Era a morte de um campeão em humildade e mansidão. Ali ele não ficaria por muitos dias. Dali o Seu Senhor, com quem ele falava face a face, mas não podia ver, viria buscá-lo para herdar, não a Canaã terrestre, mas a celestial. O que ele almejava teve por recompensa, mais do que tanto queria. Foi um precursor de todos nós por ter sido fiel ao seu Senhor.

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