4 de jan. de 2013

O SILENCIO É A MELHOR RESPOSTA
"Jesus não respondeu nem uma palavra." Mateus 27.14 Ele nunca foi lento de palavra quando pôde abençoar os filhos dos homens, mas não dizia uma única palavra em favor de si mesmo. "Jamais alguém falou como este homem" (João 7.46), e nunca um homem silenciou como Ele. Foi aquele silêncio singular o indicador de seu perfeito auto-sacrifício? Mostrou isso que Ele não diria uma palavra para sustar a matança de sua pessoa sagrada, que havia dedicado como uma oferenda por nós? Rendeu-se Ele tão inteiramente que não interferiu em seu próprio favor, ainda que em mínima parcela, mas foi determinado ao deixar-se matar como vítima passiva e silenciosa? Foi aquele silêncio um tipo de abandono do pecado? Nada pode ser dito em dissimulação ou escusa da culpa humana; portanto, Ele que suportou todo o seu peso permaneceu mudo diante de seu julgamento. Não é o silêncio paciente a melhor resposta a um mundo contraditório? A calma resignação responde a algumas perguntas infinitamente mais conclusivas do que a eloqüência mais imponente. Os melhores apologistas do cristianismo nos seus tempos iniciais foram seus mártires. A bigorna quebra uma multidão de martelos por suportar passivamente seus golpes. Não tinha o silente Cordeiro de Deus propiciado a nós um grande exemplo de sabedoria? Onde cada palavra era ocasião para uma nova blasfêmia, era a linha do dever não suprir mais combustível para a chama do pecado. O ambíguo e o falso, o indigno e o desprezível, logo vão arruinar-se, frustrar-se, e, portanto, a verdade pode permitir-se ficar calada e achar que o silêncio é sua sabedoria.

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