12 de abr. de 2013

COMPAIXÃO O Pastor H. M. S. Richards conta uma pequena história de quando era garoto. Diz ele que gostava de pular a cerca e colher as maçãs do vizinho. Um dia a mãe o chamou e, mostrando-lhe uma vara verde, disse: Você tá vendo esta vara? — Sim, mãe. — Se você colher mais uma maçã do vizinho, vou castigá-lo 5 vezes com esta vara, entendeu? — Sim, mãe. Os dias passaram. As maçãs estavam cada vez mais vermelhinhas e ele não resistiu à tentação. Pulou a cerca e comeu maçãs até ficar satisfeito.O que ele não podia esperar era que ao voltar para casa a mãe estivesse esperando-o com a vara verde na mão. Tremeu. Sabia o que iria acontecer. Quase sem pensar suplicou: — Mãe, me desculpa. — Não, filho — disse a mãe — eu falei uma coisa e terei que cumpri-la. — Mãe, por favor, eu nunca mais vou fazer isso. — Não filho, eu te avisei. — Por favor mãe, por favor — continuou suplicando com os olhinhos lacrimejantes. Que mãe pode ficar insensível vendo o filho amado suplicando perdão? Ela tomou entre as suas as mãos do filho e perguntou: — Você não quer receber o castigo? — Não, mãe. — Então, só existe uma saída meu filho. — Qual é? A mãe estendeu a vara para ele e disse: “segura a vara meu filho. Em lugar de eu castigar você com esta vara você vai castigar a mim. O castigo tem que se cumprir, porque a falta existiu. Você não quer receber o castigo, mas eu te amo tanto que estou disposta a receber o castigo por você.” “Até aquele momento eu tinha chorado com os olhos - contou Richards – mas daí em diante, comecei a chorar com o coração. Como teria coragem de bater na minha mãe por um erro que eu tinha cometido?” Você entende? Isto é compaixão. É não poder assistir alguém sofrer mesmo que mereça. Temos o hábito de apontar o antigo Israel como um povo teimoso, “cabeça dura”, incapazes de enxergar as muitas demonstrações do amor de Deus. Mas e nós? Não é assim que nos portamos? Somos como crianças teimosas que vez após vez se põem a suplicar por uma segunda chance, por medo de enfrentarmos as consequências dos nossos maus atos. Erramos e prometemos não fazer mais, aí erramos de novo. Sempre vivendo a velha experiência da montanha russa. Hora lá em cima, pertinho de Deus; e no minuto seguinte, lá em baixo suplicando por outra chance… Então, neste instante, Deus não consegue ficar indiferente...Veste-se de misericórdia e compaixão e vem ao nosso encontro. Ouve-nos as suplicas e coloca a “vara verde” em nossas mãos.

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