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2 de dez. de 2010
O TEMPO DE PROVA
No verão, ao olharmos para as árvores de distante floresta, todas vestidas de um lindo manto verde, não podemos distinguir as árvores sempre verdes das outras. Mas quando se aproxima o inverno e o gelo as envolve, despojando as outras árvores de sua bela folhagem, as sempre verdes são prontamente discernidas. Assim será com todos os que andam em humildade, desconfiados de si mesmos, mas apegados, trementes, à mão de Cristo. Enquanto aqueles que confiam em si mesmos e se fiam da perfeição de seu próprio caráter, perdem seu falso manto de justiça quando submetidos às tempestades da prova, os verdadeiramente justos, que sinceramente amam e temem a Deus, cobrem-se do manto da justiça de Cristo tanto na prosperidade como na adversidade.
Renúncia própria, sacrifício pessoal, benevolência, bondade, amor, paciência, magnanimidade e confiança cristã são os frutos diários produzidos por aqueles que estão verdadeiramente ligados com Deus. Seus atos podem não ser publicados ao mundo, mas eles mesmos estão diariamente lutando contra o mundo e ganhando preciosas vitórias sobre a tentação e o mal. Solenes votos são renovados e mantidos mediante a força ganha por fervente oração e constante vigilância nela. O ardente entusiasta não discerne as lutas desses silenciosos obreiros; mas os olhos dAquele que vê os segredos do coração notam e recompensam com aprovação cada esforço feito com renúncia e mansidão. É preciso o tempo de prova para revelar no caráter o ouro puro do amor e da fé. Quando dificuldades e perplexidades vêm sobre a igreja, então se desenvolvem o firme zelo e as profundas afeições dos verdadeiros seguidores de Cristo.
Sentimo-nos tristes quando vemos professos cristãos desviarem-se pela falsa e fascinante teoria de que são perfeitos, porque é muito difícil desenganá-los e levá-los ao caminho reto. Eles procuram tornar lindo e aprazível o exterior, ao passo que o adorno interior - a mansidão e humildade de Cristo - lhes está faltando. O tempo de prova virá a todos, quando as esperanças de muitos, que por anos se sentiram seguros, serão vistas como estando sem fundamento. Quando em novas posições, sob circunstâncias variáveis, alguns, que pareciam ser colunas na casa de Deus, se revelarão apenas como madeira carcomida debaixo da pintura e verniz. Mas os humildes de coração, que diariamente sentiram a importância de firmar seu coração na Rocha eterna, permanecerão inabaláveis no meio das tempestades de provações, porque não se confiaram a si mesmos. "O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus." II Tim. 2:19.
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