10 de out. de 2011

O PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO

O evangelho trata com indivíduos. Cada ser humano tem uma alma a ser salva ou a perder. Cada qual tem uma individualidade separada e distinta de todas as outras. Cada um tem de estar convencido por si mesmo, e convertido por si mesmo. Tem de receber a verdade, arrepender-se, e obedecer por si mesmo. Tem de exercer sua vontade por si próprio. Ninguém pode fazer esta obra por procuração. Ninguém pode submergir sua individualidade na de outro. Cada qual tem de, por sua própria ação, render-se a Deus e ao ministério da piedade. É plano do Senhor que haja unidade na diversidade. Não existe um homem que possa servir de critério a todos os outros homens. Nossos vários encargos são proporcionados a nossas várias capacidades. Deus dotou os homens de diferentes graus de capacidade e então os coloca onde possam fazer a obra para a qual se acham habilitados. Por que precisamos de um Mateus, um Marcos, um Lucas, um João, um Paulo e todos esses outros autores que apresentaram seu testemunho acerca da vida do Salvador durante Seu ministério terrestre? Por que não poderia um dos discípulos ter escrito um relatório completo, dando-nos assim um ordenado registro da vida e obra de Cristo? Os evangelhos diferem, todavia neles o registro se une num todo harmonioso. Um autor apresenta pontos que outro não apresenta. Se esses pontos são essenciais, por que não os mencionam todos os autores? É porque a mente dos homens difere e não compreendem as coisas exatamente da mesma maneira. Algumas verdades apelam muito mais fortemente ao espírito de uma classe de pessoas do que a outros; alguns pontos se representam muito mais importantes a alguns do que a outros. O Senhor não deseja que nossa individualidade seja destruída; não é Seu desígnio que quaisquer duas pessoas sejam exatamente iguais nos gostos e disposições. Todos têm características que lhe são particulares, e estas não se devem destruir, mas educar, moldar, afeiçoar segundo a semelhança de Cristo. O Senhor dirige as aptidões e capacidades naturais em sentido proveitoso. No aperfeiçoamento das faculdades dadas por Deus, o talento e a capacidade se desenvolvem se o instrumento humano reconhecer o fato de que todas as suas faculdades são dom de Deus, para serem empregadas, não para fins egoístas mas para glória de Deus e bem de nossos semelhantes.

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