10 de ago. de 2012

UM POVO DIFERENTE .
“Eles não são desse mundo como também eu não sou.” (Jo 17:16). A oração de Cristo foi por um povo especial. Ele declarou que não fazia uma intercessão universal. “É por eles que eu rogo;” ele disse. “não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” Lendo essa bela oração do começo ao fim, apenas uma pergunta ocorre às nossas mentes: quem são as pessoas descritas como por “eles” ou “elas”? Quem são esses indivíduos favorecidos, que partilham uma oração do Salvador, são reconhecidos por um amor do Salvador, têm seus nomes escritos nas pedras de seu precioso peitoral, e têm seus caráteres e suas condições mencionadas pelos lábios do Sumo Sacerdote diante do trono nas alturas? A resposta a essa questão é fornecida pelas palavras do nosso texto. O povo por quem Cristo ora, não é um povo deste mundo. Eles são um povo de algum modo vivendo e agindo na contra-mão do mundo, inteiramente diferentes dele. “Eles não são do mundo como eu também não sou.” Queridos, em algum sentido o homem cristão que queremos ser não é desse mundo até mesmo em sua natureza. Eu não quero dizer em sua natureza corrupta e decaída, mas em sua nova natureza. Existe em um cristão, alguma coisa declarada e inteiramente distinta daquela de qualquer outra pessoa. Muitas pessoas acham que a diferença entre um cristão e um mundano consiste nisso: um vai a Igreja duas vezes , o outro não vai mais que uma vez ou até nenhuma; um deles toma a ceia o outro não; um presta atenção às coisas santas, o outro presta muito pouca atenção a elas. Mas isso não faz um cristão. A distinção entre um cristão e um mundano não é meramente externa, mas interna. A diferença é de natureza e não de ações. Um cristão é diferente de um mundano como uma pomba o é de um gralha, ou um cordeiro de um leão. Ele não é do mundo até em sua natureza. Ninguém poderia fazer dele um mundano. As pessoas poderiam fazer o que quisessem, poderiam causar a sua queda em algum pecado temporário, mas não poderiam fazer dele um mundano. Vocês poderiam causar-lhe a apostasia; mas não poderiam fazer dele um pecador, como ele era antes. Ele não é do mundo pela sua natureza. Ele é um homem nascido pela segunda vez; nas suas veias corre o sangue da família real do universo. Ele é um nobre; ele é um filho nascido no céu. A sua liberdade não é daquelas meramente compradas, mas ele tem a sua liberdade em sua natureza de nascido de novo; ele é essencial e inteiramente diferente do mundo. Oxalá sejamos este tipo de pessoa!

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