12 de abr. de 2013

O FINAL ESPETACULAR "Deus deve gostar do espetacular. Ele espalha tintas pelo céu noturno e cria a beleza que vemos. Transforma o mar em cristal para refletir as cores fortes e maravilhosas do Seu trono. Ele constrói ruas de ouro em lugar de asfalto. Ele chama o vento com um toque do relâmpago e os sons do trovão para servir como Sua orquestra. Ele tem mais galáxias do que qualquer computador pode contar. Mas as coisas mais espetaculares que Ele criou foram os dias e o coração humano. Em seguida, Ele começou a planejar o final espetacular do que chamamos de tempo. Era 14 de junho de 1975. Murray e Roslyn Hughes, oito e seis anos espectivamente, estavam nos bancos de trás do avião, descalços e com os cintos de segurança. De repente o avião caiu numa parte distante na Austrália. Eles não se machucaram, mas seu pai ficou inconsciente no banco do piloto, e sua mãe ficou presa na cabine. Murray não conseguia esquecer o desespero na voz de sua mãe quando gritou: "Pegue Roslyn e vão buscar socorro! Não parem para nada". As crianças não conseguiram achar os sapatos e por isso foram embora sem eles. Durante 12 horas, eles caminharam descalços por aquelas encostas cheias de cobras, sem olhar para trás, pensando apenas em seus pais feridos e sangrando lá no alto, naquela floresta coberta pelo nevoeiro. Por várias vezes, eles oraram: "Oh, Deus, dá-nos coragem"! Um fazendeiro os avistou num pasto, a onze quilômetros dos destroços. Ele disse: "Eram apenas bebês. Eu mal pude acreditar quando os vi por lá. Estavam tremendo de frio, suas roupas estavam em farrapos. E estavam muito arranhados e seus pés sangrando. A garotinha foi corajosa", disse o fazendeiro, "agarrada a uma bolsinha com uma escova e um pente dentro. O menino aproximou-se e me disse para conseguir socorro para sua mãe e seu pai. Ele é o garoto mais valente que eu já conheci. Seus pés estavam muito cortados, mas ele não quis descansar. Ele só tinha um pensamento na cabeça: obter ajuda para os seus pais". O organizador do grupo de resgate disse: "Vocês podem pensar que 12 horas não é muito tempo, mas esse é um dos territórios mais difíceis que existe. A floresta é densa e o mato é cheio de cobras mortíferas e aranhas venenosas. Não creio que aquelas duas crianças poderiam resistr por mais tempo lá". Roslyn falou sobre seu sofrimento. Ela disse: "Mamãe nos disse para sermos valentes e buscarmos socorro". O nevoeiro era forte e não conseguíamos ver para onde estávamos indo. As árvores tinham grandes raízes acima da terra e eu ficava tropeçando nelas. O terreno era acidentado. Mamãe tinha dito para tirarmos os sapatos no avião para ficarmos mais confortáveis, assim quando o avião caiu não conseguimos encontrá-los. Os pés doíam quando andávamos por lá. Havia pedras ásperas e machucavam os meus dedos". E continuou: "Estávamos muito assustados. Ouvíamos bichos rastejando ao nosso redor. Uma vez, ouvimos esse ruído muito alto num mato bem perto da gente. Eu gritei. Murray foi bem valente. Ele me abraçou e me disse: 'não se preocupe, não vou deixar que nada lhe aconteça". Murray disse: "Eu também estava muito assustado, mas não queria que Roslyn soubesse. Fiquei pensando na mamãe e no papai e como tínhamos que obter ajuda. Eu nunca havia andando tanto. A pior parte, é claro, foi estarmos sem sapatos. De vez em quando, Roslyn parava e chorava. Às vezes, eu a deixava se deitar um pouquinho." O grupo de resgate chegou tarde e Murray lamentou: "Eu gostaria de poder dizer à minha mãe e meu pai que tentamos o máximo". Que semelhança com o que Jesus fez! As pessoas que Ele criou, num planeta também feito por Ele, estavam em perigo. Sem ajuda, não iriam sobreviver. E Ele disse: "Eu vou, Pai". E o Pai disse: "Vá, Filho. E não pare por nada!" Ele deixou sua coroa para trás e não parou para nada. Ele só conseguia pensar em encontrar socorro, achar um meio de salvar você e eu. Várias vezes, Ele orou: "Pai, Me dê coragem"! E assim, Ele veio para Belém! Quando tinha 12 anos, visitou o magnífico templo e lá, pela primeira vez, viu os sacerdotes ofertando cordeiros inocentes no altar. Ele ficou fascinado com o que viu. Havia alguma coisa misteriosa sobre aquilo tudo. Alguma coisa que parecia estar ligada à Sua própria vida. Aí, de repente, entendeu: Ele próprio iria ser o cordeiro; Ele próprio iria ser o sacrifício inocente pelos pecados dos homens; Ele próprio era o caminho para salvar a humanidade perdida. Por isso, Ele teve que vir! E assim Ele seguiu até o Calvário. Ele só conseguia pensar nos homens e mulheres que estavam perdidos. Ele tinha que prosseguir, pois Ele era o cordeiro. Agora, temos uma opção quanto ao final da história. Pode terminar com você e eu mortos na cabine de um avião destroçado ou pode terminar no resgate mais espetacular de todos os tempos, se quisermos. E quando tudo terminar, quando o último homem tiver feito sua escolha, e quando milhões tiverem escolhido afundarem com este planeta, pareço ouvir o Salvador dizendo: "Pai, Eu gostaria de poder dizer a eles que tentei o máximo". É possível que estejamos confusos sobre o que é realmente espetacular. A cruz do Calvário é o evento mais espetacular de todos os tempos. Ela é a incrível prova de Deus perante o tribunal do Universo. É seu irrefutável argumento às acusações daqueles que disseram que Jesus não se importava com a humanidade.

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